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Diocese de Assis

Tudo é de Deus e leva a marca e o selo de autenticidade do Criador.

Criatividade e originalidade são as marcas de sua obra. Nada igual: tudo único e irrepetível. Não existe rascunho, nem forma, nem cópia!

Porque tudo é de Deus, tudo é sagrado e bendito; tudo é bem feito e bonito; tudo é mistério infinito; tudo é bom!

É esta a expressão bíblica que caracteriza o final de cada dia da criação: “e Deus viu que era bom!” Quando da criação do ser humano, no sexto dia, a expressão ganha uma ênfase de intensidade: “e Deus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom” (Gn 1,31).

A obra de Deus não para. Deus continua trabalhando, com as próprias mãos. Agora, não para criar originalidades; elas já existem, estão ai, e, são completas. Embora deterioradas, exploradas e mal tratadas por nós.

Agora, o trabalho de Deus se concentra na restauração do homem…

A melhor obra de Deus precisa de ajustes diários e permanentes; precisa de obediência e correção; precisa de disciplina e conversão; precisa de virtude e direção; precisa de recomeço e perdão; precisa de amor e comunhão; precisa de santidade e libertação; precisa de fé e salvação; precisa de vida nova e ressurreição.

O que teria acontecido com a melhor obra de Deus?

Por que toda a originalidade das coisas permanecem completas e a do ser humano não? Por que é preciso ajustes diários e permanentes? Teria Deus falhado em alguma coisa?

Nada de errado na criação do ser humano.

Tudo está de acordo com o plano original da criação: a melhor obra do Deus Criador estará, sempre, em suas mãos. Quem foi feito à imagem e semelhança do Criador e, recebeu do seu Espírito, precisa de retoques permanentes em vista desta verdade.

Isso não fere, em nada, a liberdade que o próprio Deus Criador imprimiu na consciência e garantiu na essência humana. Pelo contrário é em vista desta liberdade, sempre ameaçada pelo pecado que, o Deus criador recria, incessantemente. Assim nos lembra São Paulo na carta aos Gálatas: “Cristo nos libertou para que sejamos verdadeiramente livres. Portanto, sejam firmes e não se submetam de novo ao jugo da escravidão” (Gl 5,1).

São Propósitos do Criador:

Jeremias 18,1-6: “Palavra que Javé dirigiu a Jeremias: ‘Levante-se e desça até a casa do oleiro; aí eu comunicarei minha palavra a você’. Desci até a casa do oleiro e o encontrei fazendo um objeto no torno. O objeto que ele estava fazendo se deformou, mas ele aproveitou o barro e fez outro objeto, conforme lhe pareceu melhor. Então veio a mim a palavra de Javé: Por acaso será que não posso fazer com vocês, ó casa de Israel, da mesma forma como agiu esse oleiro? – oráculo de Javé. Como barro nas mãos do oleiro, assim estão vocês em minhas mãos, ó casa de Israel.”

Isaías 49,14-16: “Sião dizia: ‘Javé me abandonou, o Senhor me esqueceu!’ Mas pode a mãe se esquecer do seu nenê, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de você. Veja! Eu tatuei você na palma da minha mão; suas muralhas estão sempre diante de mim.”

Isaías 44,2-5: “Assim diz Javé, que o fez, que o formou no ventre e o auxilia: Não tenha medo, meu servo Jacó, meu querido, meu escolhido. Vou derramar água no chão seco e córregos na terra seca; vou derramar meu espírito sobre seus filhos e a minha bênção sobre seus descendentes. Crescerão como planta junto à fonte, como árvores na beira dos córregos. Um vai dizer: ‘Eu pertenço a Javé’. Outro se chamará com o nome de Jacó; outro ainda escreverá na palma da mão: ‘De Javé’. E como sobrenome tomará o nome de Israel.”

Porque tudo é de Deus, Ele cuida!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS