Diocese de Assis

O TEMPO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO!

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Final do Ano Litúrgico!

A Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo encerra o ano litúrgico de 2023 e abre os horizontes e perspectivas do novo ano litúrgico de 2024.

O ano litúrgico é diferente do ano civil que termina em 31 de dezembro e começa um novo ano em 1º de Janeiro. Para o Calendário Litúrgico, o tempo tem outras referências e compreensão que a medição cronológica. O tempo, na Liturgia é Kairós. “Os gregos antigos tinham três conceitos para o tempo: chronos, kairós e Aeon. Chronos refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, que pode ser medido, associado ao movimento linear das coisas terrenas, com um princípio e um fim. Kairós refere-se a um momento indeterminado no tempo, em que algo especial acontece, o tempo da oportunidade. Aeon já era um tempo sagrado e eterno, sem uma medida precisa, um tempo da criatividade onde as horas não passam cronologicamente, também associado ao movimento circular dos astros, e que na teologia moderna corresponderia ao tempo divino.”

Para a liturgia, a ação de Deus, na história, marca a vida de tal maneira que, os acontecimentos, desta história, passam a “marcar” o tempo e ser referência pessoal e comunitária para tudo. Dessa forma, o calendário litúrgico tem como eixo, os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), formando um ciclo de três anos que se alternam a cada ano. O Ano A é Mateus; o ano B é Marcos e, o ano C, é Lucas. Estamos terminando o ano A (Mateus). O Novo ano litúrgico que se dá no próximo final de semana é o ano B (Marcos)

Pois bem, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo encerra o ano litúrgico de 2023 e traduz as perspectivas e horizontes da fé que apontam para aquele que é o Rei.

O Antigo Testamento traz a profecia do Rei-Pastor que cuida do seu povo como o pastora cuida das ovelhas.

Ez 34,11-12.15-17: “Assim diz o Senhor Javé: Eu mesmo vou procurar as minhas ovelhas. (…) reunirei de todos os lugares por onde se haviam dispersado, nos dias nebulosos e escuros. Eu mesmo conduzirei as minhas ovelhas para o pasto e as farei repousar – oráculo do Senhor Javé. Procurarei aquela que se perder, trarei de volta aquela que se desgarrar, curarei a que se machucar, fortalecerei a que estiver fraca. Quanto à ovelha gorda e forte, eu a destruirei, pois cuidarei do meu rebanho conforme o direito. Quanto a você, rebanho meu, assim diz o Senhor Javé: Vou julgar entre ovelha e ovelha, entre carneiros e bodes”

O Novo Testamento nos aproxima da figura do Rei-Jesus que apascenta o seu povo com a própria vida. Ele tem o poder de tudo submeter, inclusive a morte.

1 Cor 15,20-26.28:“Cristo ressuscitou dos mortos como primeiro fruto dos que morreram. De fato, já que a morte veio através de um homem, também por um homem vem a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos receberão a vida. Cada um, porém, na sua própria ordem: Cristo como primeiro fruto; depois, aqueles que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. A seguir, chegará o fim, quando Cristo entregar o Reino a Deus Pai, depois de ter destruído todo principado, toda autoridade, todo poder. Pois é preciso que ele reine, até que tenha posto todos os seus inimigos debaixo dos seus pés.  O último inimigo a ser destruído será a morte…”

Também no Novo Testamento, aparece a figura do Rei-Juiz que tem o poder de julgar os povos todos no advento do Reino do Pai.

Mt 25,31-46: “Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita, e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita. ‘Venham vocês, que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança o Reino que meu Pai lhes preparou desde a criação do mundo…’”

A visão de final de ano litúrgico, sob a Hegemonia e o Senhorio de Cristo, nos permite uma visão de esperança, assegurada como Boa Nova do Reino de Deus.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS

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