Diocese de Assis
Tem gente que não acredita em Deus, mas teme os demônios. Tem gente que faz pacto com demônios, mas ignora os pactos que Deus fez e faz com a humanidade. Tem gente que duvida dos poderes demoníacos e desdenha dos poderes de Deus. Tem gente que paga pra ver e outros que só acreditam vendo. Enquanto isso…
Os seres feitos à semelhança de seu Criador, aqueles que refletem em vida a fiel imagem do Pai, põem em dúvida sua origem divina, enquanto o príncipe das trevas, o demônio em pessoa, demostra naturalmente sua fé em Deus: “Que tens tu conosco, Jesus de Nazaré? Vieste perder-nos? Sei quem és: o Santo de Deus!” (Mc 1,24). Ora, ora… Se o demônio é capaz de demonstrar toda sua ciência e conhecimento da missão redentora de Cristo, quem somos nós para duvidar dos planos de salvação traçados por Deus através de Jesus? Este não veio para condenar, mas para salvar. Até mesmo a salvação de Satanás era uma possibilidade, remota sim, mas viável, se este se submetesse aos ensinamentos trazidos pelo “Santo de Deus”. Mas a ousadia demoníaca não perde sua pose… Então Jesus dita as ordens do momento: “Cala-te, sai deste homem!” E o espírito imundo obedece, reconhece a autoridade daquela voz.
A legião demoníaca cresce à medida que lhe permitimos sua ação entre nós. Seu maior pecado é a inveja, a necessidade que tem de se igualar a Deus, enquanto seus demônios tumultuam e agitam a história humana com todo e qualquer tipo de ações contrárias ao projeto de Deus. Afinal, o Pai da Mentira não nos quer à salvos, postos à direita do trono que poderia ter sido seu. O anjo do mal não admite essa predileção divina e quer nossa derrota de corpo e de alma. O embate entre o bem e o mal visa nossa destruição, segundo o ponto de vista demoníaco. Ou nossa Salvação, segundo desejos de Deus. Aqui entra o livre arbítrio, a nossa escolha, o caminho que seguiremos.
Somos livres para decidir nosso futuro. Deus apenas nos aponta o caminho, através da doutrina deixada por seu Filho. Daí sua importância, o farol que esta representa, a necessidade premente que temos de divulga-la o mais possível, buscando adeptos, saneando mentes e corações confusos, perturbados pela ação demoníaca, incertos na definição do caminho a seguir, de qual seja a crença verdadeira. Deus ou o Demônio? O bem ou o mal? Luz ou trevas? Eis que, absurdamente, grande maioria ainda tem dúvidas; está perdida entre a realidade terrena e a obscura incerteza do outro lado dessa história. “Que é isto? Eis um ensinamento novo, e feito com autoridade”! Eis no que resulta a conscientização doutrinaria da Igreja, a ação missionária de seus discípulos. Se neste embate vencerem os demônios que nos cercam, a culpa da derrota terá sido pela nossa omissão evangelizadora, nunca pela nossa ação. Portanto, a destruição ou não, a salvação ou derrota da história humana está em nossas mãos. Depende de nós!
WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]