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Diocese de Assis

 

A história da fé cristã não só pressupõe a ressurreição de Jesus em suas afirmações e verdades, mas, tem nela a sua razão, fundamento e eixo. Trata-se da fonte originadora de tudo o que a igreja diz, pratica, crê celebra e ensina.

Quando falamos em ressurreição, isso não quer dizer, apenas, que Jesus está vivo ou que voltou a viver. Estamos falando de um mistério: o Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus ou Mistério Pascal.

Segundo este Mistério, Jesus não só está vivo… não só voltou a viver. Jesus sofreu, morreu, foi sepultado e venceu a morte e tudo o que a ela está relacionado. Depois disso, ele transformou a sua vitória em herança de vida eterna, para aqueles que o Pai escolheu como o seu Povo.

Quem são aqueles que o Pai escolheu como o seu povo?

Como tomar parte desta herança de vida eterna?

O catecismo da Igreja Católica diz que o ser humano tem o desejo de Deus inscrito em seu coração, portanto, toda pessoa humana é capaz de Deus, isto é, pode sentir Deus, aceitar Deus e seguir a sua Santa Vontade. Mas, é Deus que, sempre, toma a iniciativa, despertando o sentir, o querer, o pensar e o agir das pessoas, numa atração irresistível ao sumo bem. “Todos aqueles que o Pai me dá, virão a mim. E eu nunca rejeitarei aquele que vem a mim (…). Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrai, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,37.44).

É na liberdade que o ser humano é conquistado por Deus para a Salvação. É por isso que, a obra de Cristo, na cruz, como Mistério Pascal, pode ser admitida na vida, pela descoberta, aceitação e vivência, através das marcas da ressurreição, espalhadas pelo mundo, em todo o canto e lugar.

A marca do novo tempo: o primeiro dia da semana – domingo

“Era o primeiro dia da semana. Ao anoitecer desse dia, estando fechadas as portas do lugar onde se achavam os discípulos por medo das autoridades dos judeus, Jesus entrou” (Jo 20,19a).

A marca da paz na hora dos conflitos e dificuldades

“Ficou no meio deles e disse: ‘A paz esteja com vocês.’ Dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos ficaram contentes por ver o Senhor” (Jo 20,19b-20)

A marca da paz e do Espírito Santo para o seguimento e missão

“Jesus disse de novo para eles: ‘A paz esteja com vocês. Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.’ Tendo falado isso, Jesus soprou sobre eles, dizendo: ‘Recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados’” (Jo 20,21-23).

A marca do Testemunho

Tomé, chamado Gêmeo, que era um dos Doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos disseram para ele: ‘Nós vimos o Senhor.’ Tomé disse: ‘Se eu não vir a marca dos pregos nas mãos de Jesus, se eu não colocar o meu dedo na marca dos pregos, e se eu não colocar a minha mão no lado dele, eu não acreditarei’” (Jo 20,24-25).

A marca da Fé

“Uma semana depois, os discípulos estavam reunidos de novo. Dessa vez, Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou. Ficou no meio deles e disse: ‘A paz esteja com vocês.’ Depois disse a Tomé: ‘Estenda aqui o seu dedo e veja as minhas mãos. Estenda a sua mão e toque o meu lado. Não seja incrédulo, mas tenha fé.’ Tomé respondeu a Jesus: ‘Meu Senhor e meu Deus!’ Jesus disse: ‘Você acreditou porque viu? Felizes os que acreditaram sem ter visto’” (Jo 20,26-29).

A marca da confiança

“Jesus realizou diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes sinais foram escritos para que vocês acreditem que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, acreditando, vocês tenham a vida em seu nome” (Jo 20,30-31).

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS