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DISTRIBUINDO O PÃO

Gratidão está se tornando uma palavra pouco praticada. Uma das formas mais lindas de reconhecermos algo de bom que nos foi feito é o exercício da gratidão. Pouco usual, mas devemos colocar nossos talentos à disposição, não guardá-los para si, aquilo que seria nossa riqueza pessoal. Devemos não só partir o pão. Assim ele acaba. Partilhar o pão. Assim ele multiplica.

            Com isso a vida ganha mais sentido. A vida ganha em felicidade e qualidade. Deus nos ensina a sermos gratos. Vejam no Evangelho: Escolhida por Deus, Maria soube agradecer no “Magnificat”. Soube reconhecer que “Deus fez nela maravilhas”. Por que ela se colocara como uma simples “Escrava do Senhor para que fosse feita a sua Vontade”. Somente quem tem consciência da própria indigência, da própria miséria moral, da própria pequenez, dos próprios limites poderá entender isso. Do contrário enchem-se de prepotência, de orgulho como certos políticos. A graça não escolhe os prepotentes, os vaidosos e gananciosos que ignoram a existência da fome e da pobreza.

             Quando olhamos a grandeza de Deus o vemos presente na fragilidade de uma criança. Tudo por amor!  Não é a prepotência da palavra errada, mas a força da impotência que mudará o mundo. Sem o amor, o mundo continuará perseguindo imigrantes que fogem de seus países porque passavam fome. Imigrantes caminhando sem destino, carregando crianças em busca de um país onde haja paz, com a única virtude que muitos de nós não temos – a Esperança.        Não deixemos nos enganar. Não será a força das armas que acabará com a violência. O presidente entendeu errado. O mandamento é “amai-vos uns aos outros” e jamais “armar-vos uns aos outros”. Sem contar outros disparates que somos obrigados a ouvir diariamente, de que em nosso país não tem ninguém passando fome. Milhares de pessoas passam fome porque a corrupção lhes tirou o direito de terem o seu pão nosso de cada dia.

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(Alcindo Garcia é Jornalista) e-mail: [email protected]