É possível tratar um lipedema em estágio 4?

Especialista dá orientações para que pacientes possam procurar o diagnóstico precoce e fala sobre o tratamento da doença

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O acúmulo progressivo e anormal de gordura nos membros inferiores afeta cerca de 12% das mulheres brasileiras que convivem com o lipedema, conforme dados da Associação Brasileira de Lipedema. Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), essa enfermidade pode evoluir por quatro estágios, resultando não apenas em alterações estéticas, mas também em dores, inchaço, dificuldades de mobilidade e impactos diretos no sistema linfático. Por isso, independentemente da fase, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para a qualidade de vida das pacientes.

O lipedema é uma condição que atinge principalmente as mulheres, devido às suas características hormonais. Em alguns casos raros, ela também pode surgir em homens.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), a condição é dividida em quatro etapas, que vão do nível leve ao mais grave conforme o grau de acúmulo de gordura e impactos na pele e no sistema circulatório do membro afetado. Conheça os estágios da doença e suas principais diferenças entre cada uma delas.

Estágio 1: a pele mantém uma aparência normal, mas há aumento da gordura no tecido subcutâneo, com presença de pequenos nódulos.

Estágio 2: a pele começa a apresentar irregularidades e flacidez, com aspecto de celulite. Os nódulos aumentam de tamanho.

Estágio 3: a flacidez se torna mais acentuada, com dobras de pele que podem dificultar a mobilidade. Áreas de fibrose começam a aparecer.

Estágio 4: além das alterações do estágio 3, há comprometimento do sistema linfático, podendo evoluir para lipo-linfedema.

“Um dos principais desafios no tratamento do lipedema grau 4 é a faixa etária das pacientes, geralmente entre 50 e 60 anos. A ausência de diagnóstico precoce significa um longo período de evolução da doença, acompanhado por impactos hormonais e metabólicos mais intensos, especialmente devido à menopausa. Por isso, essas mulheres apresentam um risco maior de complicações decorrentes da condição”, afirma a médica Allana Tobita, cirurgiã vascular membra da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular) .

A médica também diz que “independente dos estágios da doença, é importante realizar o tratamento clínico quanto antes para obter melhor resultado no cuidado com a desinflamação ou para fins estéticos”.

Tratamento

Para o tratamento do lipedema em estágio 4, é necessária também uma abordagem multidisciplinar. “Por ser uma doença vascular com desarranjo hormonal, metabólico e vitamínico, é importante incluirmos outras especialidades além da cirurgia vascular. Neste caso, a nutrição, endocrinologia, nutrologia, fisioterapia, ginecologia e até psicologia podem colaborar com o bem-estar físico e mental da paciente”, detalha doutora Allana.

A especialista também detalha que o tratamento é definido a partir de diversos pilares que vão “desde a dieta anti-inflamatória a exercícios que ajudam na percepção corporal, marcha e movimentação da paciente com melhor equilíbrio. Para o alívio dos sintomas como peso, cansaço e inchaço. A terapia compressiva – como as meias elásticas de compressão e bandagens – são uma ótima escolha. Além de melhorar a drenagem linfática da perna, ajuda como proteção e sustentação no dia a dia”.

Meias de compressão

A terapia de compressão colabora para a circulação saudável em diferentes situações do cotidiano, auxiliam na prevenção de doenças venosas e no tratamento de problemas vasculares. Existem diversos tipos que podem ser usados diariamente e modelos que são recomendados conforme avaliação médica.

Dentre as mais bem avaliadas do mercado estão as meias da SIGVARIS GROUP, empresa especializada em soluções de compressão médica inovadoras e de alta qualidade. A companhia possui um amplo portfólio, com produtos que podem ser usados pelos mais variados perfis de pessoas.

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