Uma das queixas mais comuns dos professores e funcionários das escolas é da crescente violência e falta de disciplina dos alunos.  Em Goiás, um Estado que tornou-se referência pela implantação das Escolas Cívico-Militares (ECM), mostrou uma grande melhoria no resultado dos alunos quanto à disciplina, ordem, rendimento escolar e até mesmo na segurança da escola e do bairro onde está localizada a escola que recebeu o modelo.

Entretanto, algumas novidades que chegam para mudar os rumos, sobretudo um modelo mais que centenário de ensino, acaba gerando choque e desgaste. E as controvérsias são discutidas na Justiça que é obrigada a manifestar-se, para ao menos temporariamente solucionar a contenda.

Diante da resistência de alguns grupos às mudanças, a APEOESP – sindicato que representa os professores do Estado de São Paulo – entrou com liminar suspendendo a implantação do Pecim (Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares) em uma escola estadual da cidade de São José do Rio Preto.

Inicialmente a liminar foi concedida pelo juiz José Eduardo Cordeiro Rocha, da 14ª Vara da Fazenda Pública da Capital, que argumentou “o sistema cívico-militar tem caráter nitidamente ideológico e está amparado em hierarquia e disciplina comportamental rígidas típicas da organização militar e que portanto não está de acordo com o ensino lastreado na liberdade de aprender e ensinar pesquisar e divulgar o pensamento com respeito ao pluralismo de ideias e concepções pedagógicas”, sendo considerado inconstitucional pelo juízo da primeira instância, atingindo apenas a implantação na escola estadual Noêmia Bueno do Vale.

Entretanto, essa liminar não prosperou por muitos dias e foi derrubada, sendo implantada na cidade de São José do Rio Preto, na mesma escola em que houve a contestação.  Pois, como lembra o deputado estadual Tenente Coimbra (PL), o maior incentivador pela implantação das Escolas Cívico-Militares no Estado de São Paulo “esse é um modelo de gestão e de proteção para os alunos, os professores e os funcionários.  Onde há a ECM implantada, acabou a violência, o traficante foi embora, e a ordem e a disciplina prosperaram no ambiente.  Somado a isso, muitas dessas escolas se tornaram modelo pelo elevado desempenho nas olimpíadas do conhecimento.”

“Mais de 70 cidades do Estado de São Paulo quiseram receber esse modelo, mas infelizmente não é possível de se implantar em todas as pretendentes, e São José do Rio Preto foi contemplada com essa possibilidade.  Sinto-me feliz por ver finalmente solucionado esse impasse e ter a certeza de que toda a sociedade Rio-Pretense se beneficiará desse modelo de excelência em gestão”, manifestou Coimbra.