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Espaço Espírita

 

A palavra áspera aqui e o conceito azedo ali consubstanciam a aura do desagrado.

O cenho carrancudo em regime de continuidade, deformando a aparência da face, materializa a ex­pressão do tormento íntimo.

A habitual constrição facial, exteriorizando de­sagrado, produz a possibilidade negativa do inter­câmbio fraterno…

Eles passam, os atormentados de toda caracte­rística, assinalados pelas marcas fundas dos dramas que ressumam dos painéis perispirituais, gerando de­formidades que exteriorizam, desagradáveis.

Indispensável cultivar a jovialidade em qualquer esfera de ação mormente nas tarefas do Cristianis­mo Redivivo.

Movimentar o bem como quem suporta pesado fardo, significa desfigurar o próprio bem.

Ensinar alegria e confiança entre asperezas, carrancas e severidade para com os outros e siste­mática de antipatia representa enunciar palavras belas e viver paisagens sombrias.

Como um semblante vulgarizado por um sorri­so de idiotia representa um espírito agrilhoado à ex­piação, a dureza da face, o verbo cortante consti­tuem as armas de insidiosa enfermidade espiritual.

Jovialidade, portanto.  Um espírito agradável a reproduzir-se numa face amena, não obstante as sombras e as lágrimas que, por vezes, expressam os impositivos da evolu­ção pela dor, gerando simpatia e afabilidade.

Cismando, porém, ameno, carregando a Cruz, to­davia, tranquilo, azorragado e humilhado até à ex­trema e mísera posição, Jesus manteve o alto padrão da jovialidade, em tal monta que mesmo em agonia amenizou as circunstâncias que exornavam a tarde de hediondez para cantar esperanças aos acompa­nhantes infelizes, acenando-lhes com a promessa do Paraíso, e bordando-lhes a noite pesada em que pade­ciam intimamente com as estrelas excelsas da paz ditosa.

 JOANNA DE ÂNGELIS

  Extraído do livro “Convites da Vida” – Psicografia: Divaldo Pereira Franco – Editora Alvorada

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