Espaço Espírita
O cano humilde
A luxuosa mansão era realmente de excepcional beleza.
Brancas e altas colunas adornavam-lhe a entrada suntuosa.
Jardins bem cuidados exibiam flores e grama verdejante.
Repuxos e estatuetas erguiam-se em pontos diversos, enfeitando o gramado.
Mármores, em arranjos de bom gosto, forravam a escada principal.
No interior, a decoração revelava-se exuberante.
Tapetes fofos e coloridos.
Cortinas delicadas e estofados de veludo.
Porcelana e cristais, entremeados de baixelas de prata.
Entretanto, lá fora, ignorado por todos e escondido sob a terra, passava humilde cano d’água, alimentando toda a residência com o precioso líquido.
* * * Não menosprezemos as tarefas humildes, que a Providência Divina nos oferta por misericórdia.
Comumente, lamentamos serviço ou as situações em que nos encontramos, aspirando sempre às posições de relevo, enfeitadas de popularidade.
Contudo, saibamos compreender a Sabedoria de Deus, porque, se as flores, entre a brisa e o sol, são admiradas pelo perfume e colorido que ostentam, tudo isso se deve ao trabalho anônimo das raízes.
VALÉRIUM
Extraído do livro “Histórias da Vida” – Psicografia: Antônio Baduy Filho – Editor
USE INTERMUNICIPAL DE ASSIS
ÓRGÃO DA UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DE SÃO PAULO