Espaço Espírita
O jovem estudante prestaria exames na manhã seguinte.
Contudo, naquele dia elaborou longo programa de diversões.
Almoçou em casa de amigos.
Foi ao cinema na sessão vespertina.
E ao cair da tarde, dirigiu-se ao clube, gastando o restante de sol entre a natação e esportes diversos.
À noite, após o jantar, entrecortado por assobios e cantarolas, o jovem encaminhou-se a uma festa de aniversário, em companhia de vários colegas. Usou generosamente de salgados e bebidas.
Contou e ouviu casos inúmeros.
E, por fim, dançou até altas horas da madrugada.
Quando retornou ao lar, resolveu preparar-se para o exame.
Tomou livros e apontamentos.
Fez uma pesquisa e assustou-se com o pouco de tempo disponível para absorver todas as lições. Lançou-se afoitamente ao trabalho e embora passasse o restante da noite acordado, não conseguiu estudar devidamente.
No momento da prova, o rapaz, desesperado, teve violenta crise nervosa, clamando em gritos que era o mais infeliz de todos os seres.
Não descuidemos do trabalho em nossas vidas.
O Espiritismo nos faculta entender que cada um traz ao mundo tarefas intransferíveis.
Entretanto, quase sempre, o homem negligente repete as atitudes do estudante desprevenido.
Atravessa a existência entre diversões e prazeres, esquecido das responsabilidades.
Constrói sonhos e fantasias, embora cercado de realidades gritantes.
Quando, porém, se avizinha a hora do exame de consciência, pelas transformações da morte, procura o tempo perdido e porque não o encontra, passa a afligir-se e lamentar-se, exigindo para si a felicidade que não deu aos outros.
VALÉRIUM
Extraído do livro “Histórias da Vida”
Psicografia: Antonio Baduy Filho – Editora IDE
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