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Espaço Espírita

Quanta aflição desaparecerá no nascedouro, se souberes sorrir em silêncio! Quanta amargura esquecida, se desculpares o fel!

Rogas a paz do Senhor, mas o Senhor igualmente espera por teu concurso na paz dos outros.

Reflete nas necessidades de teu irmão, antes de lhe apreciares o gesto impensado. Em muitas ocasiões, a agressividade com que te fere é apenas angústia e a palavra ríspida com que te retribui o carinho é tão somente a chaga do coração envenenando-lhe a boca.

Auxilia mil vezes, antes de reprovar uma só.

O charco emite correntes enfermiças por não haver encontrado mãos que o secassem e o deserto provoca sede e sofrimento por não ter recebido o orvalho da fonte.

 Deixa que a piedade se transforme no teu coração em socorro mudo, para que a dor esmoreça.

Não estendas a fogueira do mal com o lenho seco da irritação e do ódio!

Espera e ama sempre!

Em silêncio, a árvore podada multiplica os próprios frutos e o céu assaltado pela sombra noturna descerra a glória dos astros!…

Lembra-te do Cristo, o Amigo silencioso.

Sem reivindicações e sem ruído, escreveu os poemas imortais do perdão e do amor, da esperança e da alegria no coração da Terra.

Busquemos NELE o nosso exemplo na luta diária e, tolerando e ajudando hoje, na estreita existência humana, recolheremos amanhã as bênçãos da luz silenciosa que nos descerrará os caminhos da Vida Eterna.

                                                 MEIMEI

Do livro “Ideal Espírita” – Editora CEC 

Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

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