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Espaço Espírita

 

  • Sou solteira, estudante, 17 anos. Estou grávida.  Por que Deus fez isso comigo?

Se você sai na chuva e se molha ou põe a mão no fogo e se queima, pode culpar Deus?  Qualquer adolescente sabe que a relação sexual envolve a possibilidade de concepção.

  • Mas não é tudo programado pelos Espíritos prepostos de Deus?

Não confunda os programas de Deus com os “programas” dos homens.  Deus sustenta a vida, mas sua manifestação, condição e qualidade dependem de nossas iniciativas.

  • Se não é pela vontade de Deus que fiquei grávida, então posso abortar e livrar-me do problema?

Deus nos consente fazer o que desejamos, embora nem sempre façamos o que Ele deseja.  “Transar” indiscriminadamente, por exemplo. O mal está em fazer o que Ele não deseja nem consente.  Aqui se situa o aborto. No primeiro caso temos uma experiência que acabará nos ensinando que o sexo não deve ser inconsequente. No segundo temos um lamentável gesto de rebeldia e crueldade para com o filho asilado em seu ventre.

  • Vai complicar. Meus pais querem que eu aborte.

Os problemas que enfrentará com seus pais são insignificantes, diante dos que resultam do aborto.

  • E se eu procurar um bom médico?

Nenhum médico a livrará das consequências funestas do aborto, que é crime diante das leis divinas.

  • Isso não importa agora. Quero resolver o presente. Do futuro cuidarei depois.

Se você quebrar a perna e precisar engessá-la, preferirá mandar amputá-la? Um filho, você saberá um dia, é muitas vezes um “engessamento” existencial, impondo-nos proveitosas disciplinas. O aborto é lamentável amputação moral que lhe reservará muitos dissabores.

  • O casamento seria uma solução, mas meu namorado não quer. Devo pressioná-lo?

No passado fazia-se isso para salvar a reputação da jovem e a honra da família. Não importava se o casamento forçado inviabilizaria uma convivência feliz. Hoje sabemos que o único nome pelo qual devemos zelar é o de filhos de Deus, procurando cumprir suas leis, a partir do inconfundível “não matarás”, contido no decálogo mosaico.

  • Não me sinto preparada para a maternidade.

Raras mulheres se sentem. A maternidade é sempre um desafio, mas um bom desafio que vencerá tranquilamente, se confiar em Deus e dedicar-se ao seu filho.

Extraído do livro “Não pise na bola” – Richard Simonetti – Editora O Clarim

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