Espaço Espírita
“Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.”
JESUS (Lucas, 6:36)
INDULGÊNCIA
Procura ser indulgente com tudo que se relacione com os erros e imperfeições do próximo, sem te deteres em detectar culpados ou movimentar teias de acusações.
A indulgência para com os erros e falhas alheias mostra que continuamos acreditando no indivíduo, porquanto, ninguém garante que, no futuro, não sejamos nós os necessitados da indulgência do próximo.
Busca, em todas as circunstâncias, motivos para auxiliá-lo a erguer-se novamente, demonstrando a importância de se ter alguém ao lado, que solidari
za-se com ele, a fim de que, encorajado pelo apoio recebido, ele encontre mais força para recuperar-se e trabalhar-se intimamente, na eliminação de suas imperfeições.
Quando se é indulgente, conseguem-se cativar com mais facilidade as criaturas, removendo as barreiras da autodefesa, montadas por todos quantos foram flagrados em erros e que, por remorsos da consciência, normalmente atacam como uma forma psicológica de defesa.
Por isso, a indulgência reveste-se de compaixão e misericórdia, agindo como um poderoso lenitivo, que vai balsamizando a criatura até torná-la sensível ao auxílio que se apresenta diante dela.
Quem foi flagrado em erro, mesmo que o não demonstre, já se encontra atingido pelo remorso íntimo, desenvolvendo um processo de reflexão onde o arrependimento naturalmente ocorrerá, para acontecer a posterior reparação. E isto provoca muitas aflições no interior das criaturas, sendo desnecessária a presença de acusador externo, por já existir, internamente, a presença de um implacável juiz chamado “consciência”.
Portanto, procura ser indulgente com os que erram, auxiliando-os na própria recuperação.
ALBINO DA SANTA CRUZ
Extraído do livro “Semanário das Reflexões”
Editora Didier – Psicografia: José Maria M. Souza
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