ESPAÇO  ESPÍRITA

        “CEGOS”

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O professor fazia uma exposição sobre os male­fícios do alcoolismo, destacando os prejuízos que traz à saúde.                                                    A título de ilustração, colocou sobre a mesa um copo com álcool. Em seguida jogou lá dentro um verme que, quase instantaneamente, morreu.   – Vejam que coisa terrível a ação do álcool! – comentou o professor.

Um aluno, que observava atentamente, comentou, admirado:

– Poxa, professor, fico feliz! Nunca terei verminoses!

***

Incrível como o alcoolismo provoca uma obnubilação na mente do indivíduo.

Por mais inteligente e culto, por maiores as evi­dências quanto aos males do álcool, ele tem mais facilidade para imaginar supostas virtudes.  Parece-lhe sempre que há exagero, que as informações não são confiáveis.

O álcool é eficiente desinibidor. Pessoas tímidas animam-se com algumas doses. Tornam-se comunicativas.

Ocorre que há um rebote perverso. À medida que o organismo se condiciona, passa a exigir doses cada vez maiores para sustentar os mesmos efeitos.  Instala-se a dependência.  A carência passa a deprimí-lo, submetendo-o a insuportável ansiedade. E vai num crescendo, aniquilando-lhe a vontade e comprometendo-lhe a existência.                       Além do acomodamento às próprias mazelas, o alcoólatra sofre o assédio de viciados do Além. Estes, diante de condicionamentos perispirituais que os atingem, buscam a satisfação valendo-se de uma associação psíquica com suas vítimas.  É um transe mediúnico às avessas. Ao invés do médium captar os pensamentos do Espírito, é o Espírito quem capta as sensações do “médium”.

Daí a dificuldade em superar o vício, porquanto, além da dependência física, há a pressão espiritual.

O alcoólatra interna-se em clínica de desin­toxicação.  Sai “limpo”.  No primeiro bar por onde passa, vem o impulso irresistível, sob ação dos parceiros desencarnados.

Começa tudo de novo.                                                                                     Noutro dia, ao ouvir sobre o assunto, um bebum animou-se com o raciocínio torto dos viciados:

– Bem, se morto poderei contar com um “caneco vivo”, não há por que guardar grandes preocupações.  Futuro garantido!

Se conhecesse a situação dos viciados desencar­nados, não ficaria tão animado.

Os alcoólatras que experimentam o delirium tre­mens, quadro patológico que lhes impõe pavorosas visões de criaturas monstruosas, estão simplesmente contemplando os Espíritos que

os assediam, em estado de lamentável desequilíbrio e grande sofrimento.

É o que o espera.

Frequentemente, pessoas nos perguntam o que fazer em favor  de  familiares alcoólatras.

Podemos, no Centro Espírita, anotar seus nomes para reuniões de vibração e desobsessão e encaminhá-los ao atendimento fraterno, bem como colocá-los em contato com grupos de apoio.                                         Há, também, organizações beneméritas como a dos Alcoólicos Anônimos, que realizam maravilhoso trabalho de recuperação.

Fundamentalmente, oremos muito, rogando a Deus lhes dê consciência do mal que fazem a si mesmos e desperte neles o anseio de renovação.

Somente a partir daí estarão habilitados a iniciar a árdua jornada de sua recuperação.

Extraído do livro “Abaixo a depressão” – Richard Simonetti – Editora CEAC

Em Assis, o MERA-Movimento Espírita de Recuperação do Alcoolista realiza atendimento gratuito às 4ªs feiras, às 20 horas, na sede do Centro Espírita “Cairbar Schutel”, à Rua João Ramalho, 966 – Vila Tênis Clube

U.S.E.-UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO – INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

 

 

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