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ESPAÇO  ESPÍRITA

“Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.” (João, III:3)

Decididamente, em nome da Eterna Sabedoria, o homem é o senhor da evolução na Terra.

Todos os elementos se lhe sujeitam à discrição.

Todos os reinos do planeta rendem-lhe vassalagem.

Montanhas ciclópicas sofrem-lhe a carga de explosivos, transfigurando-se em matéria-prima destinada à edificação de cidades prestigiosas.

Minérios por ele arrancados às entranhas do globo, suportam-lhe os fornos incandescentes, a fim de lhe garantirem utilidade e conforto.

Rios e fontes obedecem-lhe as determinações, transferindo-se de leito, com vistas à fertilização da gleba sedenta.

Florestas atendem-lhe a derrubada, favorecendo o progresso.

Animais, ainda mesmo aqueles de mais pujança e volume, obedecem-lhe as ordens, quedando-se integralmente domesticados.

A eletricidade e o magnetismo plasmam-lhe os desejos.

E o próprio átomo, síntese de força cósmica, descerra-lhe os segredos, aceitando-lhe as rédeas.

Mas não é só no domínio dos recursos materiais que o homem governa, soberano.

Ele pesquisa as reações populares e comanda a política; investiga os fenômenos da natureza e levanta a ciência; estuda as manifestações do pensamento e cria a instrução; especializa o trabalho e faz a indústria; relaciona as imposições do comércio e controla a economia.

Claramente, nós, os espíritos em aperfeiçoamento, no aperfeiçoamento terrestre, conseguimos alterar ou manobrar as energias e os seres inferiores do orbe a que transitoriamente nos ajustamos, e do qual nos é possível catalogar os impérios da luz infinita, estuantes no Universo.

À face disso, não obstante sustentados pelo Apoio Divino, nas lides educativas que nos são necessárias, o aprimoramento moral corre por nossa conta.

O professor ensina, mas o aluno deve realizar-se

Os espíritos superiores nos amparam e esclarecem, no entanto, é disposição da Lei que cada consciência responda pelo próprio destino.

Meditemos nisso, valorizando as oportunidades em nossas mãos.

Por muito alta seja a quota de trabalho corretivo que tragas dos compromissos assumidos em outras reencarnações, possuis determinadas sobras de tempo, – do tempo que é patrimônio igual para todos, – e, com o tempo de que dispões, basta usares sabiamente a vontade, que tanta vez manejamos para agravar nossas dores, a fim de te consagrares ao serviço do bem e ao estudo iluminativo, quando quiseres, como quiseres, onde quiseres e quanto quiseres, melhorando-te sempre.

EMMANUEL

Extraído do “Livro da Esperança” – abril/1964

Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora CEC

U.S.E.-UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO – INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS