ESPAÇO  ESPÍRITA

        HORA  DA  COLHEITA

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“Eis que vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.”  JESUS (João, 4:35)

A natureza manifesta-se, através de um ritmo equilibrado, nas suas várias expressões, respeitando os processos de semeadura, floração e maturação, para que possam ocorrer a frutificação e a colheita que se aguarda.

Na sequência desse raciocínio, observamos que o homem também pertence à natureza, não sendo um “ser à parte”, como se poderia, equivocadamente, supor, se analisado apressadamente.                                                                      Assim sendo, o homem em sua passagem pelo Planeta, obedece aos mesmos processos de ensementação, floração e maturação nos vários campos do seu crescimento evolutivo, objetivando a colheita que se deseja alcançar.

Por isso, existem áreas do conhecimento, onde o homem se mostra desconhecedor e ignorante; outras ainda onde ele se revela imaturo e infantilizado e algumas onde ele apresenta mais segurança, convicção ou maturidade, conforme se denota por suas atitudes ou conduta, de uma maneira generalizada.

Com o passar do tempo, através das experiências vividas, do acúmulo das tentativas fracassadas, das decepções ou mesmo dos sucessos inesperados, as diferenças existentes nos vários campos de sua conduta vão diminuindo, na razão direta do que as experiências vão sucedendo, a defasagem de comportamento vai sendo vencida, e ele adquire mais equilíbrio ou, pelo menos, mais linearidade nas ações resultantes das atitudes adotadas.

No entanto, quando o indivíduo se constitui em mero expectador de sua existência, agente passivo dirigido pelas forças circunstanciais dos acontecimentos, tende a caminhar apenas reagindo aos eventos ocorridos, sem iniciativa para agir, na tentativa de mudar alguma situação incômoda ou adversa, que esteja impedindo-o de alcançar a realização de algum sonho ou anseio.

Naturalmente, quem se conduz por essa maneira abandona-se ao sabor das circunstâncias, acreditando que não vale a pena lutar contra aquilo que denomina de “fatalidade do acaso” e termina entregue ao desânimo e à depressão.

São para essas criaturas as anotações do evangelista João (4:35), ditas por Jesus: “Eis que vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.”

Jesus estabelece como terapia um salutar incentivo ao indivíduo: Levantar os olhos, erguer a cabeça, observar ao derredor, analisar a terra.  Como ela se encontra preparada?  É o momento da semeadura ou já está na hora da colheita?

Cabeça baixa, ombros derreados, braços caídos ao longo do corpo, eis a postura típica do fracassado, do depressivo, daquele que já se entregou, muitas vezes sem sequer ter esboçado uma reação, aceitando a derrota sem lutas, contrariando frontalmente a recomendação do Divino Amigo, que nos sugere a ação como autoterapia para esse tipo de estado d’alma.                                                                                Quem não luta, quem não tenta, quem não ousa mudar desconhece o potencial de sua capacidade, o talento e a criatividade que carrega de existências pretéritas e as reais possibilidades que dormitam intimamente, porque não foram acionadas nem postas à prova.

O homem, sendo o ser mais inteligente de toda   a Criação, detém favoráveis recursos nos domínios da mente, do raciocínio, da força criadora e da vontade, e, aliado a esses recursos, a riqueza do pensamento contínuo, extraordinário gerador de energia, para colocar as ações a serviço da transformação do mundo, a fim de melhorá-lo a benefício de todos.

ALBINO  DA  SANTA  CRUZ

 Extraído do livro “Autoterapia do Evangelho” –                                             Psicografia: José Maria de Medeiros Souza – editora Didier

U.S.E.-UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO – INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

 

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