Espaçop Espírita
Pássaro preso no recinto escasso
Do velho canavial, beirando o rio,
Quis ver o mundo vasto e conheci-o,
Varando, em pleno voo, o azul do espaço…
Lembro-me agora… Enceguecido, abraço
A exaltação, a glória e o poderio…
Mas tudo, minha Mãe, era vazio
Fora do amor que brilha em teu regaço.
Vi mil chagas de dor que a fama incensa
Nos nervos de ouro da cidade imensa,
E prazeres, em trágico desmando…
Mas no colo a que, em sonho, me recostas,
Tenho apenas teu vulto de mãos postas,
Que teu filho recorda, soluçando…
DA COSTA E SILVA
Extraído do livro “Mãe – Antologia Mediúnica” – Editora O Clarim
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
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