Existe vida inteligente fora das redes sociais?
Pane de mais de seis horas nas principais plataformas de interação do planeta revela fragilidade e dependência dos serviços
Se alguém tinha dúvidas sobre a influência das redes sociais na vida moderna, depois da pane que as principais plataformas do planeta sofreram, não há mais o que se questionar: foram mais de seis horas fora do ar em diversos países, prejudicando uma infinidade de tarefas e gerando, apenas ao dono das redes, Mark Zuckerberg, um prejuízo de mais de US$ 6 bilhões. Diante do problema, surge a pergunta: como seria o mundo hoje sem as redes sociais?
“Fica complicado imaginar como seria nossa rotina sem o Whatsapp, Instagram ou Facebook. Essas são as principais redes de comunicação do planeta e, claro, estão na nossa forma de relacionar, trabalhar, divertir, informar… Estamos tão imersos nelas, e vice-versa, que não vejo caminho de volta”, afirma o empreendedor e CEO da agência de marketing A5Mídias, Aldrin Nery.
Para o especialista, a instabilidade mostrou o quão dependente estamos dessas redes e como qualquer intercorrência no funcionamento afeta diretamente a vida de pessoas, das empresas e instituições. “Várias empresas que dependem destes serviços foram prejudicadas pela instabilidade, já que elas fazem vendas, acordos, negociações direta e exclusivamente via online”, pontua. “Sem contar o criador das redes, Mark Zuckerberg, que teve um prejuízo bilionário e suas empresas caíram significativamente no mercado de ações”, completa.
O Facebook — empresa dona das demais plataformas — informou que a instabilidade foi ocasionada por um defeito durante uma alteração em suas configurações. As suspeitas de um possível ataque hacker ou vazamento de dados foram descartadas.
“Uma questão relevante nisso tudo é, que, além da nossa dependência no uso dessas plataformas, também somos totalmente vulneráveis a elas. Ou seja, não são prestadoras de serviços convencionais, que podemos ligar para o SAC e fazer reclamações ou suspender o serviço. A gente ainda tem que aguardar a resolução dos problemas, as atualizações, e aceitar suas mudanças. Até quando?”, questiona.