Furtos e roubos de veículos pesados diminuem 14,3% no estado de SP, revela levantamento Tracker/FECAP

São Paulo, Guarulhos e Campinas apresentaram redução nos crimes. Itapecerica da Serra, Santos e Embú das Artes tem alta concentração de ocorrências

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As ocorrências de furtos e roubos de caminhões, reboques e semirreboques diminuíram, no estado de São Paulo, entre os meses de janeiro e outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado, revela o Boletim Tracker-FECAP. Os dados apontam para uma dinâmica mista de mudanças, com implicações significativas para a segurança pública e logística.
Houve uma redução de aproximadamente 14,3% no total geral de eventos de roubo e furto de veículos pesados, atingindo 2.030 registros nos 10 primeiros meses de 2024, em comparação com as 2.368 ocorrências de 2023.

Segundo o pesquisador da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) responsável pelo estudo, Erivaldo Vieira, os números indicam um fortalecimento das operações policiais e uma possível melhora na capacidade de resposta às incidências criminais. “Percebe-se uma melhoria na eficiência dos sistemas de rastreamento e recuperação de veículos, possivelmente devido à implementação de novas tecnologias e à maior coordenação entre as forças de segurança”, completa.

Furtos apresentam aumento

Os furtos (art. 155), que em 2023 totalizaram 628 casos, aumentaram para 653 em 2024, um acréscimo de 4%. “Este aumento pode ser reflexo de uma maior vulnerabilidade em locais de estacionamento ou uma possível mudança no comportamento dos criminosos, que podem estar optando por ações menos violentas”, analisa o gerente de Comando e Monitoramento do Grupo Tracker, Vitor Corrêa.

O crescimento dos furtos foi mais expressivo nos meses de agosto (+111%) e setembro (+18,4%), quando comparados aos mesmos meses de 2023. Por outro lado, meses como fevereiro e maio apresentaram uma redução significativa, de 43,7% e 25,3%, respectivamente.

Redução expressiva nos roubos

O número de roubos (art. 157) caiu substancialmente, de 1.740 registros em 2023 para 1.377 em 2024, uma queda de 20,9%. Esta diminuição reflete possivelmente o reforço em medidas de segurança, como escoltas armadas e rotas planejadas, ou ainda maior vigilância por parte das forças policiais.

Entre os meses analisados, o mês de junho destacou-se com a maior queda percentual nos roubos, passando de 196 casos em 2023 para 116 em 2024, uma redução de 40,8%. Contudo, o mês de julho apresentou um aumento de 10,2%, indo de 187 para 165, o que requer atenção específica das autoridades.

OCORRÊNCIAS POR TIPO DE VEÍCULOS PESADOS

Caminhões: queda significativa – Os caminhões, que somaram 1.100 ocorrências em 2023, registraram uma queda de 16,1% em 2024, com 923 ocorrências. Apesar disso, meses como agosto apresentaram aumento de 13,9% em relação a julho, sugerindo variações sazonais na atividade criminosa.
Caminhões-tratores: variação moderada – Os caminhões-tratores também registraram queda, embora menos expressiva: de 617 casos em 2023 para 564 em 2024, uma redução de 8,6%. Em julho, no entanto, houve um aumento pontual de 20,4% nas ocorrências em relação ao mês anterior, indicando que esse tipo de veículo ainda é um alvo relevante para criminosos.

Reboques: redução acentuada – No caso dos reboques, houve uma diminuição significativa de 21,7% no total de ocorrências, passando de 166 em 2023 para 130 em 2024.

Semirreboques: tendência de alta em alguns meses – Diferentemente dos outros tipos de veículos, os semirreboques apresentaram uma redução menos uniforme, caindo de 485 ocorrências em 2023 para 413 em 2024, uma diminuição de 14,8%. Mas, em março de 2024, houve um aumento expressivo de 10,3% em relação ao mesmo mês de 2023.

2024 Caminhão Caminhão trator Reboque Semi-reboque Total Geral
jan 102 47 13 41 203
fev 67 44 16 27 154
mar 94 60 19 43 216
abr 112 61 12 60 245
mai 92 54 10 48 204
jun 87 49 7 32 175
jul 102 61 16 46 225
ago 106 79 13 37 235
set 72 50 8 38 168
out 89 59 16 41 205
Total Geral 923 564 130 413 2030

 

2023 Caminhão Caminhão trator Reboque Semi-reboque Total Geral
jan 116 54 14 52 236
fev 113 51 12 77 253
mar 133 70 23 39 265
abr 111 56 10 41 218
mai 123 81 21 54 279
jun 106 71 25 48 250
jul 96 73 14 56 239
ago 93 62 18 46 219
set 94 50 17 31 192
out 115 49 12 41 217
Total Geral 1100 617 166 485 2368

 

CIDADES COM MAIS OCORRÊNCIAS

De acordo com o Boletim Tracker-Fecap, as ocorrências se concentram nas 20 principais cidades do estado, que juntas representam 55,5% do total registrado. “Este dado reforça a persistência de um fenômeno que liga a criminalidade à dinâmica dos grandes centros urbanos e polos logísticos. A alocação estratégica de recursos de policiamento, tecnologia de rastreamento e monitoramento, além de parcerias com empresas de transporte, pode maximizar os resultados no combate ao crime nestas localidades específicas”, destaca Erivaldo Vieira.

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2024-TOP 20 DE CIDADES Ocorrências Participação
S.PAULO 373 18,37%
GUARULHOS 128 6,31%
CAMPINAS 65 3,20%
ITAPECERICA DA SERRA 56 2,76%
PAULINIA 54 2,66%
SANTOS 49 2,41%
EMBU DAS ARTES 40 1,97%
CUBATAO 37 1,82%
SUMARE 35 1,72%
LIMEIRA 34 1,67%
BARUERI 29 1,43%
S.BERNARDO DO CAMPO 28 1,38%
PIRACICABA 28 1,38%
OSASCO 28 1,38%
SOROCABA 26 1,28%
RIO CLARO 26 1,28%
JACAREI 25 1,23%
MIRACATU 25 1,23%
JUNDIAI 21 1,03%
ITATIBA 20 0,99%

 

São Paulo lidera, mas com redução significativa – A capital paulista permanece como o epicentro das ocorrências, com 373 casos em 2024, o que corresponde a 18,37% do total no estado. Apesar disso, houve uma redução expressiva de 26,6% em relação a 2023, quando foram registrados 508 casos.
Com uma frota de 304.475 veículos (caminhões, caminhões tratores, reboques e semirreboques) e 373 ocorrências registradas, São Paulo apresenta uma razão de incidência de 1,22 ocorrência por mil veículos. Apesar de liderar em números absolutos, a proporção é menor do que em cidades menores, refletindo possivelmente uma maior diluição de riscos devido ao tamanho da frota e medidas de segurança mais estruturadas.

Guarulhos e Campinas: quedas importantes, mas ainda em destaque – Guarulhos, com 128 ocorrências em 2024 (6,31%), também apresentou uma redução expressiva de 34% em comparação a 2023, quando contabilizou 194 casos. Campinas seguiu uma tendência semelhante, com queda de 25,3%, passando de 87 para 65 casos. Ambas as cidades continuam entre as principais áreas de preocupação devido à sua relevância como polos logísticos e industriais.

Guarulhos, com uma frota de 51.991 veículos e 128 ocorrências, tem uma razão de 2,46 ocorrências por mil veículos, quase o dobro de São Paulo. Já Campinas, com 42.687 veículos e 65 ocorrências, apresenta uma taxa de 1,52 por mil veículos.

Mudanças no ranking das cidades menores – Enquanto cidades como Itapecerica da Serra subiram posições em 2024, com 56 ocorrências (2,76%), Jundiaí, que ocupava a 4ª posição em 2023 com 79 casos, registrou apenas 21 ocorrências em 2024, saindo do grupo principal. Esse movimento pode estar relacionado à redistribuição das atividades criminosas ou à adoção de medidas preventivas mais eficazes.

Itapecerica da Serra, com 56 ocorrências em uma frota de 38.716 veículos, resultando em uma taxa de ocorrências de 1,45 por mil veículos. Paulínia, com 54 ocorrências em uma frota de 11.974 veículos, tem uma alta taxa de ocorrências de 4,51 por mil veículos.

Santos e Embu das Artes ganham relevância – Santos, com 49 casos em 2024, e Embu das Artes, com 40, se destacaram no ranking ao apresentarem quedas menores em relação ao padrão estadual. As duas cidades, localizadas em regiões estratégicas para transporte e armazenagem, continuam sendo alvos relevantes para criminosos. A cidade de Santos, apesar de possuir uma frota de 24.494 veículos, registra 49 ocorrências, com 2,00 por mil veículos, sugerindo riscos elevados na região portuária.

Participação de outras cidades no total de ocorrências – O restante do ranking das 20 principais cidades revela um padrão de participação fragmentada, com percentuais abaixo de 3% para a maioria dos municípios. Paulínia (2,66%), Limeira (1,67%) e Sorocaba (1,28%) mantiveram-se estáveis, indicando desafios contínuos na segurança local. Por outro lado, cidades como Miracatu e Itatiba registraram números absolutos relativamente baixos, mas representam uma fração consistente das ocorrências.

Locais como Piracicaba e Jundiaí, com frotas de 21.729 e 23.212 veículos, respectivamente, apresentam taxas proporcionais de 1,29 e 0,90 ocorrências por mil veículos. Apesar dos números absolutos mais baixos, são regiões importantes para o transporte de cargas, o que pode justificar o interesse de criminosos.

A alta incidência em cidades ao longo de rodovias importantes, como Ribeirão Preto, Sorocaba e São José do Rio Preto, reflete a vulnerabilidade dos veículos durante o transporte de cargas. Essas regiões combinam frotas relevantes com acessos facilitados para atividades criminosas.

Confira análise detalhada da relação entre roubos e furtos por cidade nos primeiros 10 meses de 2024 com base no tamanho da frota em outubro do mesmo ano:

             
UF MUNICIPIO CAMINHAO CAMINHAO TRATOR REBOQUE SEMI-REBOQUE Total
SP SAO PAULO 147026 38488 67026 51935 304475
SP GUARULHOS 21967 9083 6429 14512 51991
SP CAMPINAS 20459 4245 11866 6117 42687
SP SAO BERNARDO DO CAMPO 10814 8822 5923 13157 38716
SP RIBEIRAO PRETO 12642 3746 11960 5508 33856
SP SAO JOSE DO RIO PRETO 8854 2659 11900 3423 26836
SP SANTOS 5148 5765 3024 10557 24494
SP JUNDIAI 8165 4114 4461 6472 23212
SP MOGI DAS CRUZES 6844 1651 5099 9391 22985
SP PIRACICABA 8177 2525 6521 4506 21729
SP SOROCABA 8485 2102 6864 2264 19715
SP SAO JOSE DOS CAMPOS 7678 1891 6843 2686 19098
SP OSASCO 9680 2505 3070 3064 18319
SP BAURU 6596 1285 8236 1951 18068
SP SANTO ANDRE 8803 2179 4432 2396 17810
SP LIMEIRA 5233 3320 3417 5025 16995
SP BARUERI 7125 2240 1708 3823 14896
SP ARACATUBA 3764 1560 5857 2173 13354
SP SUMARE 3933 2976 2821 3345 13075
SP ARARAQUARA 4089 1660 4337 2709 12795
SP FRANCA 4481 1012 5673 1288 12454

 

Em 2024, vias públicas concentraram a maioria das ocorrências de furtos e roubos de veículos, representando 66,26% do total, seguidas por comércio e serviços (12,32%) e rodovias/estradas (8,92%). Locais como unidades rurais (2,71%) e centros comerciais (2,51%) também foram alvos, enquanto estacionamentos/garagens (1,48%) e residências (1,33%) apresentaram menor incidência, indicando proteção relativa. Outros locais, como áreas não ocupadas e shopping centers, tiveram impacto residual, reforçando a vulnerabilidade de veículos em espaços abertos e movimentados.

Descrição Tipo Local 2024 ocorrências Participação
Via Pública 1345 66,26%
Comércio e Serviços 250 12,32%
Rodovia/Estrada 181 8,92%
Unidade Rural 55 2,71%
Centro Comercial/Empresarial 51 2,51%
Estacionamento/Garagem 30 1,48%
Residência 27 1,33%
Area não Ocupada 17 0,84%
Shopping Center 16 0,79%
Local Clandestino/Ilegal 16 0,79%
Repartição Pública 9 0,44%
Restaurante e Afins 7 0,34%
Condomínio Residencial 6 0,30%
Serviços e Bens Públicos 5 0,25%
Outros 5 0,25%
Estabelecimento Industrial 4 0,20%
Escritório 3 0,15%
Terminal/Estação 2 0,10%
Condomínio Comercial 1 0,05%
Total Geral 2030 100,00%

 

MODELOS MAIS VISADOS PELOS CRIMINOSOS

Os dados de 2024 mostram que veículos pesados dominaram as ocorrências de furtos e roubos, com o Volvo FH 540 6X4T (70 casos, 13,46%) e o Volvo FH 460 6X2T (66 casos, 12,69%) no topo da lista. Outras marcas como Volkswagen, Ford e Scania também figuram entre os modelos mais visados. Caminhões de grande porte, como o SR/Randon SR CA (8,65%) e o VW/24.280 CRM 6X2 (7,31%), destacam-se devido à alta demanda no transporte de cargas.

Modelos da Mercedes-Benz, como o L 1620 (3,27%) e o Atego 2426 (3,08%), também estão na lista, reforçando a preferência dos criminosos por veículos com alto valor comercial e utilidade logística. A concentração em marcas e modelos específicos reflete o interesse por veículos robustos e frequentemente utilizados no transporte rodoviário, sugerindo a necessidade de maior proteção para essas categorias no setor de transporte.

TOP 20 Marca/Modelo Ocorrências Contagem de DATA_COMUNICACAO_BO2
VOLVO/FH 540 6X4T 70 13,46%
VOLVO/FH 460 6X2T 66 12,69%
SR/RANDON SR CA 45 8,65%
VW/24.280 CRM 6X2 38 7,31%
FORD/FORD F 4000 35 6,73%
VW/24.250 CNC 6X2 30 5,77%
SCANIA/R450 A6X2 28 5,38%
VW/26.280 CRM 6X4 20 3,85%
SR/GUERRA AG GR 20 3,85%
M.BENZ/L 1620 17 3,27%
M.BENZ/ATEGO 2426 16 3,08%
VW/9.170 DRC 4X2 15 2,88%
SCANIA/R540 A6X4 15 2,88%
VW/25.420 CTC 6X2 14 2,69%
VOLVO/VM 270 6X2R 14 2,69%
SCANIA/R 440 A6X2 14 2,69%
VOLVO/FH 500 6X2T 14 2,69%
VW/11.180 DRC 4X2 13 2,50%
M.BENZ/ATEGO 2730 6X4 CE 12 2,31%
VW/24.260 CRM 6X2 12 2,31%
M.B./M.BENZ L 1113 12 2,31%
Total Geral 520 100,00%

 

BAIRROS DA CAPITAL PAULISTA COM MAIS OCORRÊNCIAS

Os dados dos 20 bairros com maior número de ocorrências de furtos e roubos na cidade de São Paulo em 2023 e 2024 destacam uma redução geral no número de casos e alterações significativas na distribuição entre os bairros. Juntos, esses 20 bairros representaram 52% das ocorrências da cidade, evidenciando a alta concentração da criminalidade em áreas específicas da capital.

“A capital sozinha responde por quase um quinto do total estadual, o que reforça a importância de direcionar esforços de segurança pública para essas regiões”, salienta o pesquisador da FECAP.

O total de ocorrências nos 20 bairros analisados caiu de 262 em 2023 para 191 em 2024, uma redução de 27,1%. Essa queda está alinhada à diminuição geral registrada na cidade de São Paulo, que viu os números totais de crimes diminuírem no período.

Mudanças no ranking de bairros mais afetados – Em 2024, o bairro de Anhanguera assumiu a liderança do ranking com 29 ocorrências, o que representa 15,18% do total da cidade. Em 2023, o bairro líder foi Vila Maria, com 39 ocorrências (14,89%). A queda nas ocorrências na Vila Maria, que passou para 21 casos em 2024 (10,99%), representa um decréscimo de 46,2%.

A Vila Leopoldina permaneceu em destaque em ambos os anos, ocupando o terceiro lugar, com 13 casos em 2024 (6,81%) e 20 casos em 2023 (7,63%). Isso evidencia que o bairro continua sendo um alvo recorrente para ações criminosas, embora tenha registrado uma leve redução.

Bairros que registraram aumentos ou estabilidade – Alguns bairros mantiveram posições significativas no ranking, como Tremembé, que em 2024 teve 10 ocorrências (5,24%), uma leve alta em relação a 2023, quando não figurava entre os mais afetados. Outros bairros, como São Domingos, permaneceram relativamente estáveis, com 9 ocorrências em 2024 (4,71%) contra 24 em 2023 (9,16%), mostrando uma importante redução.

TOP 20 Bairros 2024 Ocorrências Participação
ANHANGUERA 29 15,18%
VILA MARIA 21 10,99%
VILA LEOPOLDINA 13 6,81%
TREMEMBE 10 5,24%
SAO DOMINGOS 9 4,71%
TRES CRUZES 9 4,71%
JARAGUA 9 4,71%
CAPAO REDONDO 8 4,19%
JACANA 8 4,19%
CAMPO LIMPO 8 4,19%
VILA GUILHERME 7 3,66%
SANTO AMARO 7 3,66%
JARDIM JARAGUA 7 3,66%
(vazio) 7 3,66%
CAMPO GRANDE 6 3,14%
VILA SOCORRO 6 3,14%
JD SÃO LUIS 6 3,14%
PARQUE NOVO MUNDO 6 3,14%
PARQUE EDU CHAVES 5 2,62%
PERUS 5 2,62%
LIMAO 5 2,62%
Total Geral 191 100,00%

 

TOP 20 Bairros 2023 Ocorrências Participação
VILA MARIA 39 14,89%
SAO DOMINGOS 24 9,16%
VILA LEOPOLDINA 20 7,63%
JARAGUA 15 5,73%
PERUS 14 5,34%
VILA JARAGUÁ 12 4,58%
JACANA 12 4,58%
PARQUE EDU CHAVES 11 4,20%
PARQUE NOVO MUNDO 11 4,20%
(vazio) 10 3,82%
VILA GUILHERME 9 3,44%
ANHANGUERA 9 3,44%
SOCORRO 9 3,44%
PARI 8 3,05%
JD SÃO LUIS 8 3,05%
BARRA FUNDA 8 3,05%
SAO MIGUEL 8 3,05%
JURUBATUBA 7 2,67%
ARICANDUVA 7 2,67%
PIRITUBA 7 2,67%
JAGUARA 7 2,67%
VILA JAGUARA 7 2,67%
Total Geral 262 100,00%

 

Na cidade de São Paulo, as vias públicas concentraram a imensa maioria das ocorrências de furtos e roubos de veículos em 2024, somando 324 casos, o que corresponde a 86,86% do total. Este dado reflete a vulnerabilidade dos veículos em trânsito ou estacionados em áreas abertas, destacando a importância de intervenções de segurança voltadas para essas regiões.

Outros locais, como comércio e serviços (22 ocorrências, 5,90%) e rodovias/estradas (17 ocorrências, 4,56%), também apareceram com frequência, mas de forma significativamente inferior. Locais como centros comerciais/empresariais (1,07%) e áreas não ocupadas (0,54%) apresentaram números ainda menores, enquanto categorias como residências, restaurantes e estacionamentos/garagens tiveram apenas uma ocorrência cada, representando 0,27% do total.

A predominância das vias públicas reflete a necessidade de maior policiamento ostensivo, sistemas de monitoramento e campanhas preventivas para reduzir a vulnerabilidade nesses espaços. Ao mesmo tempo, os dados indicam que locais privados e controlados oferecem maior segurança, embora não estejam completamente imunes à ação criminosa.

Decrição Tipo Local em São Paulo Ocorrências Participação
Via Pública 324 86,86%
Comércio e Serviços 22 5,90%
Rodovia/Estrada 17 4,56%
Centro Comercial/Empresarial 4 1,07%
Area não Ocupada 2 0,54%
Restaurante e Afins 1 0,27%
Serviços e Bens Públicos 1 0,27%
Estacionamento/Garagem 1 0,27%
Residência 1 0,27%
Total Geral 373 100,00%

 

DESAFIOS E AVANÇOS NA COMPREENSÃO DO CRIME CONTRA O TRANSPORTE

Analisar o roubo e furto de caminhões, reboques e semirreboques no Brasil não é tarefa fácil. As lacunas no preenchimento das informações, a ausência de critérios únicos e transparentes para auditoria e a fragmentação das bases disponíveis dificultam o tratamento dos dados. Esses obstáculos não apenas dificultam análises detalhadas, mas também comprometem a construção de políticas públicas mais eficazes.

“Apesar disso, seguimos avançando. A cada dia, mais estudos exploram as conexões entre economia, segurança e sociedade, investigando como fatores como desemprego, renda e encarceramento impactam a dinâmica desses crimes. É um trabalho que, embora desafiador, amplia gradualmente nossa compreensão desse fenômeno complexo. Acreditamos que, com o aprofundamento das pesquisas e a melhoria na qualidade dos dados, estaremos cada vez mais preparados para propor soluções que fortaleçam o transporte e a segurança pública”, afirma Vitor Corrêa.

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