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Governo recomenda fechamento de shoppings e academias da Grande São Paulo até o fim de abril

 

O governador João Doria anunciou nesta quarta-feira (18) uma recomendação para que todos os shoppings e academias dos municípios da Região Metropolitana de São Paulo fiquem fechados até 30 de abril. A medida visa proteger a população do contágio pelo novo coronavírus, evitando a aglomeração de pessoas em locais fechados durante a pandemia.

“O governo de São Paulo age de forma responsável e amparado nas informações do Centro de Contingência. As pessoas têm tido visão solidária e responsável em relação a esse problema”, afirmou Doria. “O governo age de forma sensata e equilibrada, entendendo a gravidade dessa pandemia. É uma questão de saúde pública”, frisou.

A paralisação não se estende a estabelecimentos do interior e do litoral do Estado. A medida foi tomada após discussões com representantes dos dois setores e avalizada por especialistas do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, coordenado pelo médico infectologista David Uip.

Os detalhes sobre a aplicação da medida anunciada no Palácio dos Bandeirantes serão publicados em decreto no Diário Oficial do Estado desta quinta (19). O governador disse que conta com o apoio de toda a sociedade para o cumprimento da paralisação.

A partir da publicação do decreto, os grupos proprietários de shoppings e academias poderão discutir com lojistas e franqueados as formas mais adequadas para que o atendimento ao público seja interrompido.

A meta é que os shoppings e academias da Grande São Paulo estejam totalmente fechados a partir da próxima segunda (23). O Estado recomendou que empresários e lojistas concedam férias coletivas a funcionários durante o período de paralisação e evitem demissões.

“A nossa recomendação é para que os empregadores não demitam e preservem os empregos. O coronavírus não se eterniza, ele tem um prazo determinado”, declarou Doria. “Faço um apelo como Governador para que empregadores não se precipitem e estabeleçam condições adequadas para antecipar férias”, acrescentou.

A Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, declarou que o governo de São Paulo continuará ouvindo o setor privado para futuras decisões. “O foco agora não é maximizar a receita dos shoppings, é maximizar o bem estar da população que frequenta os shoppings e dos funcionários. É um momento que exige muita solidariedade e planejamento”, argumentou.

O governador disse que outros estabelecimentos comerciais, como bares, lanchonetes, restaurantes e padarias estão liberados para funcionar normalmente, mas que as medidas de enfrentamento ao coronavírus são revisadas diariamente.

Uma eventual recomendação para redução parcial ou total de outras atividades econômicas poderá ser decidida a qualquer momento, segundo avaliação do Centro de Contingência. “A prioridade absoluta é salvar vidas, mas também preservar a economia”, concluiu Doria.