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Inteligências Múltiplas auxiliam na educação e agregam habilidades que serão necessárias ao futuro dos alunos

 

 

 

Foi durante a década de 1980, que o psicólogo e pesquisador da Universidade de Harvard, Howard Gardner junto com sua equipe passou a considerar a teoria das Inteligências Múltiplas, como uma possibilidade para compreender como a inteligência se manifesta em diferentes formas, habilidades e potenciais dos indivíduos. 

Diante dessa descoberta, foi possível verificar e compreender  que as pessoas podem ter competências em campos muito distintos entre si,  e que, as inteligências múltiplas são constituídas por habilidades que compreendem diferentes campos do conhecimento, sendo que nenhum deles se sobrepõem, em grau de importância, sobre os outros.

Nessa teoria, considera-se que o homem pode manifestar sua inteligência de acordo com 9 tipos distintos delas:  lógico matemática, espacial, linguística, musical, intrapessoal, interpessoal, corporal cinestésica, existencial e naturalista. Portanto, essa teoria conclui e difundiu a ideia de que existe uma pluralidade do intelecto, ou seja, na maioria das pessoas as inteligências podem funcionar juntas ou separadas, sendo assim não há uma hierarquia entre elas, o que ocorre é que elas se manifestam de acordo com as características e potencial de cada indivíduo. 

Nessa teoria, a inteligência sendo vista como a “habilidade para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos em um ou mais ambientes culturais”, resulta em uma grande gama de possibilidades que permitem a criação de inovações, e a construção de novas percepções sobre o mundo que podem ser estimuladas e iniciadas a  partir da criatividade e das estratégias que são  inerentes às características que fizeram e fazem grande diferença para a humanidade. 

Para consolidar essas atribuições, é fundamental estimular o desenvolvimento das inteligências múltiplas em diversos tipos de situações e de ambientes sociais. Para tanto, entende-se que o desenvolvimento dessas inteligências é primordialmente estimulado nos meios sociais, e a escola é um desses espaços de fomento e de desenvolvimento. 

Apropriar-se da teoria das inteligências múltiplas na educação é, de fato, perceber e compreender as diferenças dos perfis de todos os alunos que frequentam esse ambiente escolar. Ambiente esse, que deve promover o respeito as diferenças, a oferta de oportunidades variadas para se não, igualar os resultados, pelo menos aproximá-los, a criação e apropriação de estratégias para o desenvolvimento particular e identitário de cada indivíduo, além do potencial e das habilidades de cada um.  

É muito importante também ter ciência de que se um aluno não tem um desempenho tão satisfatório em alguma das áreas de conhecimento ou componente curricular, por exemplo, não quer dizer que ele não seja inteligente e deva ser estigmatizado por seu desempenho. É necessário que a escola proponha situações de vivências que estimulem o desenvolvimento das inteligências, que se desenvolvem em níveis diferentes para cada indivíduo e que possam auxiliá-lo nesse processo. 

Para trabalhar as inteligências múltiplas na sala de aula, é preciso criar um ambiente educacional voltado para o desenvolvimento de habilidades, proporcionar oportunidade de desenvolvimento a todos os alunos e oferecer situações inclusivas que respeitem as diferenças. Cabe às instituições de ensino oferecer essas situações de aprendizagens que oportunizem o desenvolvimento das diferentes inteligências, além de situações desafiadoras que estimulem habilidades, que muitas vezes, não são trabalhadas em salas de aula e que não estão focadas somente no currículo convencional.

 

Cristiane Sliva é executiva editorial no SAE Digital, professora, pedagoga, especialista em Alfabetização e Letramento, em Educação Infantil e em  Ciência Cognitiva.