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Ligações clandestinas podem ocasionar choques elétricos e incêndios capazes até de ser fatais

 

As ligações clandestinas de energia elétrica, como os furtos e fraudes, representam sérios riscos tanto para quem realiza esse tipo de prática quanto para a sociedade de forma geral. Entre as principais consequências dessas práticas estão os acidentes, como choques elétricos e incêndios, que podem até ser fatais. Por isso, a Energisa Sul-Sudeste se aprofunda hoje nesse tema, pois a segurança deve estar em primeiro lugar.

“Além da alta probabilidade de choque elétrico e acidentes graves, que podem ser fatais, essa prática pode deixar milhares de pessoas, inclusive serviços essenciais, sem o fornecimento de energia. Ainda é importante destacar que quem faz ‘gato’ ou manuseia os equipamentos da rede ilegalmente está cometendo um crime previsto no Código Penal Brasileiro”, reforça o coordenador de Perdas da Energisa, Renan Felix.

Os riscos de choques elétricos e incêndios são, sem dúvida, alguns dos mais graves e imediatos associados a ligações clandestinas de energia elétrica. Vamos detalhar mais sobre esses perigos:

Choques elétricos

Quando uma pessoa entra em contato com uma fonte de eletricidade e o corpo se torna um condutor de corrente elétrica ocorrem os choques elétricos. As ligações clandestinas são particularmente perigosas nesse aspecto por vários motivos.

Como as ligações clandestinas são feitas sem a supervisão de profissionais qualificados, a fiação e até o aterramento são malfeitas ou inadequadas. Isso pode resultar em cabos desencapados, conexões mal isoladas ou até fios soltos, tornando o sistema mais vulnerável a falhas e aumentando o risco de acidentes.

Outro fator agravante é que as instalações irregulares podem não ter as proteções elétricas necessárias e o calibre adequado de fios para suportar a carga elétrica necessária, o que pode causar superaquecimento e risco de choques. “Se uma pessoa encostar em um fio ou componente energizado, o choque elétrico pode ser muito forte, causando lesões graves ou até morte”, orienta Renan.

Os efeitos de um choque elétrico podem ser diversos, a depender da intensidade da descarga. Em uma exposição leve, a pessoa pode sentir somente um formigamento ou dor momentânea. As correntes de média intensidade podem causar contrações musculares involuntárias, perda de controle motor e dificuldades respiratórias.

Já os casos envolvendo uma descarga de alta intensidade, o choque elétrico pode provocar parada cardíaca, queimaduras, lesões internas ou externas graves, e até mesmo a morte.

Incêndios

As falhas ocasionadas pelas instalações irregulares podem sobrecarregar a rede e seus componentes elétricos e provocar mais do que um choque: ela pode ocasionar incêndios.

“O dimensionamento inadequado dos cabos e fios em instalações clandestinas é uma das principais causas de incêndios. Se os fios não são adequados para a carga elétrica que passa por eles, há um superaquecimento, e quando o calor não pode ser dissipado de maneira eficiente, os fios podem derreter, gerar faíscas ou até pegar fogo”, alerta Renan.

A ligação clandestina geralmente não tem dispositivos de proteção adequada e sem ela, qualquer curto-circuito pode causar uma concentração de calor que é suficiente para incendiar materiais inflamáveis que estiverem próximos, como madeira, tecidos (cortinas), plásticos etc.

Além disso, essas instalações utilizam de materiais de baixa qualidade e improvisados, além de conexões precárias. Essa combinação pode criar condições ideais para o incêndio, pois as faíscas ou curtos podem facilmente atingir materiais inflamáveis próximos, como papel, tecidos, móveis e até tanques de gás.

As consequências de incêndios elétricos vão além da perda do bem material, visto que o fogo pode consumir rapidamente uma casa ou estabelecimento, resultando em danos irreparáveis e perda de bens materiais. “Incêndios colocam a vida das pessoas em perigo. Além das queimaduras, há também o risco de intoxicação por fumaça e morte por asfixia”, ressalta o coordenador de Perdas.

O incêndio pode prejudicar também a comunidade devido à propagação do fogo e danos à infraestrutura local.