Melasma e depilação a laser: riscos e cuidados para evitar piora da mancha

Procedimento estético é um dos mais procurados no país, mas exige cautela para quem tem a condição crônica, que afeta até 35% das brasileiras em idade fértil

image_pdfimage_print

 

 

Foto: Adobe Stock

A depilação a laser é a solução para muitos que querem se livrar dos pelos, mas para quem tem melasma, a atenção deve ser redobrada. Isso porque, segundo a fisioterapeuta e esteticista Gabriela Fachini (@gabrielafachinilaser no Instagram), o calor e a inflamação gerados pelo laser podem piorar as manchas escuras na pele.

A condição, que afeta até 35% das mulheres brasileiras em idade fértil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), exige cautela, especialmente por ter um impacto emocional e estético significativo na autoestima das pacientes.

Melasma: o que é e por que a cautela é essencial?

O melasma é uma condição crônica, sem cura, caracterizada por manchas acastanhadas que surgem principalmente no rosto, mas podem aparecer em braços e colo. Os principais fatores que o desencadeiam são a predisposição genética, alterações hormonais e, principalmente, a exposição ao sol.

O cuidado com o melasma é crucial porque, como define a especialista Gabriela Fachini, a mancha é sensível. “Qualquer estímulo de calor ou de processo inflamatório vai piorar essa mancha. E se eu gerar esse processo inflamatório em cima da mancha do melasma, posso tanto piorar o quadro quanto queimar a paciente, porque existe melanina ativa ali”, explica.

O laser é proibido para quem tem melasma?

Apesar dos riscos, a resposta é não. A depilação a laser não é totalmente proibida, mas precisa ser feita com inteligência.

Segundo a especialista, a aplicação do laser deve ser feita em áreas que não tenham manchas. Se for próximo, o ideal é manter uma “borda de segurança” ao redor da região afetada. Em outras áreas do corpo, a depilação a laser não tem restrições para quem tem melasma.

Cuidados essenciais no procedimento

Para garantir a segurança e evitar que a condição se agrave, a especialista recomenda os seguintes passos:

  • Avaliação prévia: Antes de qualquer sessão, o profissional deve avaliar o histórico de pele do paciente.
  • Evitar a mancha: O laser não deve ser aplicado diretamente sobre as manchas ativas.
  • Acompanhamento dermatológico: Em casos mais avançados, é fundamental que o paciente seja acompanhado por um dermatologista.
  • Pós-procedimento: O uso de filtro solar e barreiras físicas é obrigatório para proteger a pele no período pós-laser.
Botão Voltar ao topo