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O papel da Osteopatia na prevenção de lesões para praticantes de beach tennis

A Osteopatia foi criada em 1874, nos Estados Unidos, por um médico que ficou inconformado com a morte dos seus três filhos por meningite devido a pífias alternativas na medicina. Assim, o americano Andrew Still criou a técnica alternativa com o objetivo de reformar a medicina. No entanto, a hostilidade a qual ele teve que enfrentar o fez recriar para um modelo de sistema independente da medicina tradicional.

Aqui no Brasil, a técnica chegou somente em 1986, pelas mãos de Bernard Quef – osteopata francês que ministrava os cursos que formaram os primeiros osteopatas brasileiros. A osteopatia consiste em práticas complementares e integrativas à medicina, que compreende a utilização de técnicas de mobilização e manipulação das articulações e de tecidos, proporcionando condições para que o corpo promova uma autocura, sem o uso de medicamentos.

Um ano depois, em 1987, surgiu nas areias de Ravena, na Itália, o Beach Tennis. Inicialmente, a modalidade condensava jogadas do tênis tradicional e do vôlei de praia. Porém, foi em 2008 que a modalidade entrou no Brasil pelas praias do Rio de Janeiro, nacionalizado como Tênis de Praia.

Um preparo físico adequado é indispensável para os praticantes de beach tennis, que tem a quadra pesada como principal agravante. Os impactos do atleta na areia elevam a carga necessária para realizar movimentos, raquetadas e saltos. Dessa forma, lesões e contusões podem acontecer se todos os cuidados não forem prevenidos. Sempre é importante se atentar em fazer um aquecimento de pelo menos dez minutos antes de realizar qualquer atividade física.

A performance exigida do praticante do beach tennis é alta, por isso, podem afetar as articulações e os músculos promovendo dores no corpo e podendo desencadear epicondilites, bursites, tendinites e síndrome do impacto. Entorses de tornozelo e joelho também são comuns quando se pratica esse esporte de forma despreparada.

Nesse sentido, a Osteopatia tem um papel fundamental para tratar certas patologias e prevenir outras. Baseado em técnicas de manipulação de tecidos e de articulações, como também de mobilização, a terapia alternativa fornece um ganho ao atleta, evitando que ele se torne paciente, ou seja, o profissional osteopata faz um trabalho complementar à medicina, que visa fornecer resultados eficazes ao tenista de praia sem o uso de medicamentos.

O tratamento osteopático atua na fisiologia do organismo, ao modificar padrões do sistema nervoso. Dessa forma, permite um movimento em nível de função, de acordo com o que é o ideal para cada pessoa. As técnicas agem integrando toda a dinâmica dos tecidos nervosos, articulares, vasculares e fasciais. Nesse sentido, o profissional osteopata busca normalizar a mobilidade e a funcionalidade de vários pontos do corpo, promovendo assim um equilíbrio.

Basicamente, a osteopatia no esporte como um todo visa fornecer melhorias na biomecânica do esportista, como nos processos de recuperação após os jogos e na prevenção de lesões. Já no pré-jogo, a técnica pode auxiliar no alívio rápido dos desconfortos, além de ter um papel importante na melhoria do desempenho competitivo.

 

Luís Henrique Zafalon é fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante