Pandemia avança mais rapidamente em cidades pequenas

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A rápida disseminação em grandes centros urbanos, aliada ao fluxo de pessoas entre cidades grandes e pequenas, faz com que o avanço da covid-19 cresça em municípios de pequeno porte, com até 20 mil habitantes.
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou, em duas semanas, aumento de 50% nos novos casos de coronavírus nessas áreas. Índice que, segundo os pesquisadores revela uma situação preocupante em virtude da menor capacidade e disponibilidade dos serviços de saúde das cidades pequenas.
“A doença vai se difundindo através da rede de conexão das cidades. Pessoa mora em um município, trabalha no outro. A gente percebeu que o vírus se aproveitou dessa rede para se disseminar pelo Brasil, para os municípios menores”, explica o pesquisador epidemiologista da Fiocruz, Diego Xavier.
Dentre os municípios com mais de 100 mil habitantes, praticamente todos já apresentam casos da doença. Nas cidades com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, 79% têm presença de casos.
Nos locais que têm entre 20 mil e 50 mil habitantes, 44% já registraram casos de Covid-19. Entre municípios com população entre 10 mil e 20 mil pessoas, esse percentual é de 22%. Já em cidades com até 10 mil habitantes, 9% registraram casos de coronavírus, segundo dados da Fiocruz.
Velocidade da pandemia – A pesquisa da Fiocruz avaliou a evolução temporal da presença de casos de coronavírus em dois períodos específicos – de 27 de março a 2 de abril e de 17 a 23 de abril. Do total de 758 regiões avaliadas, o número de locais com casos da doença saltou de 158 para 542.

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