Peregrinos da Esperança em caminhada com a mãe Aparecida

Por Emerson Tersigni

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Já ouviu a expressão: “Coração de mãe, sempre cabe mais um?” Este dizer se aplica perfeitamente quando falamos da cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba Paulista, com seu imponente santuário, o maior do mundo, dedicado à Rainha e Padroeira do Brasil. A pequena imagem, que atrai milhares de peregrinos, nos recorda a humilde serva, que se tornou Mãe do Redentor, aberta ao plano salvífico de Deus.

Ao longo da história, Deus fez e continua fazendo questão de se comunicar com a humanidade. Nossa Senhora, como via segura de um caminho que leva ao Pai, é também essa via segura de comunicação e atualização. As águas do Rio Paraíba do Sul foram como um canal da graça e permitiu que tantos corações fossem tocados por essa belíssima devoção mariana da Igreja.

Maria, o primeiro Sacrário Eucarístico. Por ela, recebemos o pão do céu. Seguramente, não caminhamos sozinhos, por duas razões: o acolhimento da graça de Deus e o generoso amor de uma mãe que não desampara seus filhos. Esse tempo de festa em honra à Padroeira do Brasil é um convite para um itinerário devocional de fé e virtudes. Somente por isso, o sentimento de pertença em contarmos com a Senhora Aparecida é suficiente para preencher-nos com o anúncio querigmático que se atualiza para quem abre o coração.

Padre Jonas Abib enxergou, como um bom salesiano, que tudo ela estava fazendo. O fundador da Canção Nova – obra que temos a graça de poder colaborar, sobretudo pela comunicação -, nos inspira a caminhar com Nossa Senhora. Ela, como protetora, não se deixa vencer em generosidade.

A Senhora Aparecida é uma devoção nossa, do Brasil. Especificamente no Vale do Paraíba,  este é o período de maior movimentação de romeiros rumo ao Santuário Nacional. De perto ou de longe, os devotos pedem, agradecem e são acolhidos como peregrinos da esperança, em sintonia com a proposta do Ano Jubilar, proclamado pelo Papa Francisco para 2025.

A graça desta celebração é como uma música, cujas melodias são históricas. Das 1550 basílicas menores existentes em todo o mundo, 60 estão no Brasil. A mais antiga é a dedicada a Nossa Senhora Aparecida, cuja honraria – a mais alta concedida a um templo fora de Roma – foi concedida há 116 anos pelo Papa Pio X, hoje Santo da Igreja, e que intercede do céu, ao lado da Padroeira, por cada brasileiro.

A Basílica de Aparecida é a casa onde muitos milagres, pela graça de Deus, são testemunhados. São gerações que por Maria buscam o Senhor, enquanto Ele se deixa encontrar. Como em um repicar de sinos, chega o anúncio esperançoso do tempo que se aproxima. Na Sala das Promessas, por exemplo, descobri há algum tempo, que são recebidos cerca de 20 mil ‘ex-votos’ por mês. Esta é uma expressão do Latim que se refere aos objetos deixados pelos devotos naquele espaço.

São os sinais visíveis da ação de Deus pela intercessão da “Mãe do Céu Morena”. Fotos, objetos de cera, cartas e outros dos mais variados segmentos, como instrumentos musicais e até mesmo troféus e medalhas. E, cada vez que visito esse ambiente, percebo que os corações alcançados por Maria compreenderam que, por expressarem a gratidão desta forma, não perderam de vista a meta cristã: o prêmio eterno de estarem no céu.

Seja em Aparecida ou na sua paróquia, no dia 12 de outubro procure vivenciar a missa colocando no altar do Senhor sua prece. Poderíamos discorrer a respeito dessa história por vários ângulos. Contudo, a mensagem principal que deve ecoar nos corações é que, por Nossa Senhora, buscamos a dignidade e a simplicidade. Duas palavras que se complementam na história de Aparecida.
Viva a Mãe de Deus e nossa!

Emerson Tersigni é repórter do telejornal Canção Nova Notícias

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