1

Setembro Amarelo: FEMA realiza nesta terça-feira simpósio sobre prevenção ao suicídio

 

Segunda causa de morte na população jovem, o suicídio é considerado uma questão de saúde pública e será discutido no Simpósio FEMA de Saúde Mental na próxima terça-feira (28/09), às 19h30, com transmissão ao vivo pelo canal da FEMA Assis no YouTube. A Danielle Ferrarezi, professora do curso de Fisioterapia da FEMA, conta que o evento tem o objetivo de promover uma reflexão a respeito da importância do Setembro Amarelo e a prevenção ao suicídio, por meio da apresentação de dados epidemiológicos sobre o suicídio no mundo e no Brasil.

No simpósio, Ricardo Beauchamp, professor do curso de Medicina, irá apresentar os diferentes transtornos mentais geralmente associados a ideação suicida e suas formas de tratamento; Danielle Ferrarezi, professora do curso de Fisioterapia, irá abordar o tema a partir da perspectiva do mundo do trabalho e apontar estratégias de prevenção que podem ser aplicadas nas empresas e indicadas para os profissionais; e Daniel Augusto da Silva (foto), professor do curso de Enfermagem, irá trazer um olhar para a questão em termos epidemiológicos para explicar o que é o suicídio, como ele acontece, potenciais gatilhos para ideação suicida, sintomas etc. A mediação será feita pela professora Arlete Aparecida Marçal, do curso de Medicina da FEMA.

Dr. Ricardo Beauchamp recomenda a escuta como forma de prevenção ao suicídio.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, estima-se que 90% dos casos de suicídio ou de tentativa de suicídio sejam evitáveis. O psicanalista e professor do curso de Medicina da FEMA, Ricardo Beauchamp, explica que leva tempo desde o primeiro pensamento suicida até a consumação do ato, de forma que não apenas é possível evitá-lo, como as comunidades devem estar atentas e disponíveis para fazer a prevenção.

“Se alguém perto de você sofre, pergunte: como eu posso te ajudar? Pergunte sem julgamentos, sem autoajuda. Não trace juízos de valor, do tipo ‘isso é falta de Deus’, ‘isso é falta de trabalho’, ‘você está assim porque você quer’ – em vez de tirar do abismo, esse tipo de fala acaba empurrando a pessoa para o abismo. Para ajudar uma pessoa, primeiro é preciso se importar ela, estar próximo dela. Trata-se de dar o apoio necessário quando uma alguém precisa. Afinal, cada um tem a sua dor; é impossível sentir a dor do outro, mas é possível estar ao lado delas, junto com elas, no tempo delas, no caminho delas, e se elas assim desejarem”, explica Ricardo Beauchamp, professor do curso de Medicina da FEMA.