Instituto Formando Leitores atua em todo o país na defesa da educação e da conexão entre as escolas e os responsáveis

Incentivo à leitura, educação ambiental e capacitação tecnológica são algumas das ações feitas em escolas brasileiras neste ano

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Fundado durante a Bienal do Livro do Rio em 2023, o Instituto Formando Leitores é uma organização sem fins lucrativos encabeçada pelo ator e empresário Luciano Szafir e pela pedagoga e membro da Academia de Educação do Brasil, Dra. Marta Chaves. Desde a fundação, o projeto visa fortalecer a educação literária e social de crianças e adolescentes por meio de interações com a tecnologia, o meio ambiente e com a família.

O Instituto integra o Grupo LJS Educar e atua em todo o território nacional. Somente no primeiro semestre deste ano, já foram realizadas mais de 20 ações em diferentes cidades e diversos estudantes foram beneficiados. Entre eles, estão profissionais da Jika Yokohama, da Agência de Cooperação Internacional do Japão e do Kiyosato Educacional Experiment Project – KEEP, Yamanashi, Japão. Na ocasião, a organização levou a poesia e outros elementos da cultura brasileira ao continente asiático e reforçou a importância da educação ambiental no ensino infantil, de modo que o meio ambiente seja visto como um amigo das crianças que também merece ser cuidado. Também foi doado parte do acervo do Grupo à biblioteca das instituições.

Já em fevereiro, foi realizada uma aula magna na Escola do Tribunal Superior de Contas, em Porto Velho, com o tema “Educar o corpo e o espírito para ser criança”. O evento contou com a participação de gestores e profissionais do segmento. Durante o curso, especialistas conduziram debates envolvendo temas como diversidade e literatura, com foco especial na perspectiva de povos originários sobre a educação, além da aplicação da disciplina “Educação e docência: Leitura e perspectivas” no MBA em Gestão Escolar no estado.
O Instituto Formando Leitores também promoveu a formação continua de professores, em Santa Luzia D’Oeste. Organizado em cinco módulos, o curso de captação atraiu a participação de professores do 1º ao 5º ano de escolas municipais. Foram abordados temas relacionados à organização do tempo e espaço, além do planejamento do trabalho docente e experiências formativas como arte, música e literatura.
Para a Dra. Marta, uma educação humanizadora requer atenção especial à organização do tempo e do espaço, considerando as necessidades individuais dos alunos. “Consideramos que práticas pedagógicas humanizadoras poderiam ser caracterizadas como aquelas em que os encaminhamentos teórico-metodológicos expressam a ideia de capacidade plena das crianças no processo de ensino-aprendizagem. Assim, se firmaria a ideia de potencial para aprender e nesse processo não haveria dependência de condicionantes biológicos, por exemplo”.


Doutora Marta Chaves, vice-presidente do Instituto Formando Leitores

As iniciativas são fruto da preocupação de Szafir e do Grupo com o baixo índice de leitura registrado no Brasil. Segundo um levantamento do Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), em parceria com a plataforma Árvore, cerca de 66,3% dos alunos brasileiros entre 15 e 16 anos não passaram da décima página de um livro. Ainda de acordo a pesquisa, apenas 9,5% dos estudantes dessa mesma idade leu algum material com mais de 100 páginas em 2019. O índice é inferior a outros países da América Latina, entre eles: Chile (64%), Argentina (25,4%) e Colômbia (25,8%).

Luciano Szafir

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