Planta com poder terapêutico é cultivada em calçada

Voluntário ensina interessados a usá-la no tratamento de esporão

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Na casa número 851 da rua Osvaldo Cruz, cruzamento com a Joaquim José da Siqueira, bairro Bonfim, mora Francisco de Oliveira, responsável pelo cultivo em um pequeno canteiro na calçada, de uma árvore de coité  (Crescentia Cujete), também  conhecida como cuieté, cuieira, árvore de cuia, árvore da moringa, cabaça, cina e cujete, cujo fruto em forma de globo e que pode chegar até a 25 centímetros de diâmetro, segundo ele, tem uso terapêutico no tratamento de várias formas de inflamação.

A literatura identifica a coité como uma poderosa planta anti-inflamatória e uma das aplicações conhecidas e indicadas por Francisco de Oliveira, é no tratamento de esporão (inflamação aguda da região do calcanhar que também atinge a sola dos pés e dificulta o ato de andar ou se manter em pé).

Ele ensina quem desejar a preparar uma solução com a polpa da fruta e sal grosso, que depois de aquecida é aplicada em forma de imersão na região atingida pela inflamação. Sua experiência revela que em cerca de duas semanas, com quatro aplicações, o problema é satisfatoriamente resolvido.

Os interessados podem lhe procurar, pois está sempre disposto a mostrar como funciona o tratamento aprendido com sua mãe anos antes, quando ainda habitava a zona rural. Ele orienta e, se necessário, prepara a loção para ajudar quem precisa, propósito primeiro de cultivar aquela planta na calçada de sua casa, onde a coité, repleta de enormes esferas verdes, chama a atenção de quem por ali transita, inclusive crianças que costumam perguntar se aquele é um pé melancia.

A casca da fruta ainda serve para a confecção de utensílios domésticos, como as cuias e também é empregada na fabricação artesanal de instrumentos musicais.

 

 

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