Rodízio veicular tem alguma tolerância? Veja como funciona
Entenda se há margem de tempo para circular fora do horário permitido e o que diz a lei sobre infrações relacionadas ao rodízio em São Paulo

O rodízio municipal de veículos em São Paulo é uma medida de controle de tráfego que há mais de duas décadas tenta reduzir a circulação de automóveis nas vias da capital paulista. Criado em 1997, o sistema limita a circulação de veículos conforme o final da placa e o dia da semana, entre 7h e 10h da manhã e 17h às 20h da noite, de segunda a sexta-feira.
Mas uma dúvida ainda persiste entre motoristas: existe alguma tolerância de tempo para quem é flagrado circulando fora do horário permitido? A resposta é direta: não há tolerância oficial, e quem for pego rodando durante o período restrito está sujeito a multa e pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Entenda como o rodízio funciona
O rodízio em SP é determinado pela Lei Municipal nº 12.490/1997 e regulamentado por portarias da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Ele segue um cronograma semanal, de acordo com o final da placa do veículo:
- Segunda-feira: final 1 e 2
- Terça-feira: final 3 e 4
- Quarta-feira: final 5 e 6
- Quinta-feira: final 7 e 8
- Sexta-feira: final 9 e 0
Durante os horários de restrição, os veículos com essas placas não podem circular no chamado Minianel Viário, área que compreende grande parte da capital. O descumprimento dessa norma é considerado infração média, com multa de R$ 130,16 e quatro pontos no prontuário do condutor, conforme o artigo 187, inciso I, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Existe tolerância de minutos para circular?
Diferentemente do que muitos motoristas acreditam, não existe qualquer tolerância oficial de tempo antes ou depois dos horários estipulados pelo rodízio. O sistema de fiscalização é eletrônico e automatizado. Por isso, os radares e câmeras de monitoramento da CET registram a passagem dos veículos em tempo real, sem margem para interpretações.
Na prática, isso significa que um carro flagrado mesmo segundos após o início da restrição pode ser multado. A mesma regra vale para quem tenta “se antecipar” e circular alguns minutos antes do término do horário do rodízio.
Essa rigidez é necessária para evitar brechas e garantir a efetividade da medida. Se houvesse tolerância, o congestionamento se concentraria exatamente nesses minutos finais ou iniciais.
Planejamento é essencial para evitar multas
O planejamento de rotas e horários é o melhor aliado dos motoristas que precisam se deslocar durante o período restrito. Muitos optam por estacionar o veículo antes do horário de início do rodízio e seguir o trajeto de transporte público, táxi ou aplicativo.
Outras alternativas incluem programar compromissos fora dos horários de pico ou utilizar rotas periféricas, fora da área de abrangência do rodízio, onde a circulação é livre.
Ferramentas como aplicativos de trânsito e mapas digitais também ajudam a identificar os limites da zona de restrição e a calcular o tempo estimado de deslocamento, evitando multas por poucos minutos de descuido.
Rodízio como política de mobilidade
O rodízio veicular segue sendo visto como uma política de mobilidade urbana, que busca equilibrar o fluxo de veículos e incentivar o uso de transportes alternativos.
Portanto, em um cenário de trânsito cada vez mais intenso, o respeito ao rodízio e a consciência coletiva sobre o uso racional do automóvel continuam sendo essenciais para o bom funcionamento da cidade.







